A multinacional francesa Total será a nova fornecedora de combustíveis líquidos de Moçambique durante seis meses, a partir de novembro, depois de ter sido selecionada nas licitações periódicas da importadora estatal moçambicana de petróleo (Imopetro), disse hoje à Lusa João Macandja.
Macandja disse que, de acordo com os procedimentos habituais, a Total deverá apresentar nos próximos sete dias uma garantia bancária para a execução do contrato que prevê a venda ao país de 680 mil toneladas de gasóleo, 275 mil toneladas de gasolina e 60 mil toneladas de carburante.
Os custos serão determinados pelo valor do barril de petróleo na data da compra, acrescentou.
A Total irá substituir a multinacional britânica Sahara no fornecimento de combustível líquido a Moçambique.
Todo o combustível líquido à venda em Moçambique (gasóleo, gasolina e combustível de aviação) e gás liquefeito de petróleo (GPL, utilizado como gás de cozinha), é importado por via marítima em cargueiros especiais.
O processo é centralizado por lei em uma única entidade, a Imopetro, de propriedade das distribuidoras de derivados que operam no país.
Semestralmente, a empresa pública pergunta-lhes quanto combustível necessita para o próximo semestre e lança um concurso internacional para escolher quem tem o melhor preço e qualidade para abastecer todo o mercado moçambicano
A Total foi escolhida no momento em que lidera o consórcio que vai explorar o gás natural no norte do país naquele que é o maior investimento privado da África.
A multinacional lidera as empresas da Área 1 na bacia do Rovuma para a primeira megaempresa de exploração de gás natural na área com início de produção previsto para 2024.
No total, o projeto custará cerca de 23 bilhões de dólares (mais de 20 bilhões de euros).
Fonte: Lusa